domingo, 26 de fevereiro de 2012

O artesão da vida

(Uma história sobre a descoberta do infinito amor de Deus por suas criaturas)
Um artesão se encarrega de fazer vasilhas de barro, de louça ou de cerâmica.
Um artesão pode fazer humildes cântaros para portar água fresca como formosos vasos que embelezam os palácios dos reis. Porém um vaso tem mais valor no mercado que um cântaro, porém só no mercado, porque a função prática dos vasos é principalmente decorativa enquanto os cântaros se utilizam para beber água fresca.
Entretanto, nem o cântaro nem o vaso podem existir sem o artesão. O barro misturado com água ou a argila misturada com água, sem a intervenção do artesão, estes objetos não são nada. E Nada sai deles. Os super milagres não existem. Podemos fazer a prova, recolhendo terra misturando-a com água e então amassá-la. Deixamo-la para que repouse porém não obtemos nada, já que necessitamos das mãos e do engenho do artesão para que estas tomem forma.
O artesão toma este barro em suas mãos e decide fazer um jarro ou um cântaro. Põe a massa no torno e a vai modelando com suas mãos, dando-lhe forma. Suponhamos que o barro ou a porcelana tivessem vida, e pudessem escapar do torno. Acaso não acabariam em nada? Em um montão de terra molhada, que a chuva arrastaria. Porém no torno vão tomando forma e se convertem em um cântaro ou um jarro.
Podemos pensar que já está acabado o processo, pois não, é preciso ainda que o artesão as ponha no forno, na frágua, que suportem a prova do fogo.
Também esta deve ser muito dolorosa, se os imaginamos com sentimentos. E que aconteceria se o cântaro ou qualquer um dos seus companheiros decidissem escapar do forno, da prova?
Quebrar-se-ia na primeira. Não serviria de nada. E seria necessário desfazer-se dele como um traste inútil. Existe um artesão diferente dos demais. Ele tem a particularidade de amar com loucura as suas obras. Elas, à sua vez são livres. E às vezes rechaçam o forno. Inclusive o torno. Quando um destes objetos se quebra, este artesão não deixa o cântaro quebrado, jogado em canto, pelo contrário, o toma de novo, amassando-o no torno não com água mas com Sangue, com o Sangue do Seu Filho. Porque este artesão é Deus Pai. Seu Filho, Jesus. E o cântaro ou vaso, cada homem ou mulher. O torno, a fé. O forno, a vida.
 Autor Desconhecido


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