“Abri as portas do coração a Cristo que vai entrar!”
1. Introdução.
Iniciamos a “Celebração da Semana Santa”, mas ela não pode ser santa apenas para Jesus. Tem que ser santa, também, para nós, seus discípulos. Jesus abriu seus ouvidos e não resistiu aos que lhe batiam no rosto, porque acreditou que Deus viria em seu auxílio e não o deixaria envergonhado.
A fidelidade de Jesus não está ligada tanto ao sofrimento como está ligada ao amor misericordioso com que nos amou. Ele encarnou, mesmo na morte na cruz, o amor de Deus Pai pelos homens. E Jesus testemunhou o amor do Pai até o fim, até a humilhação da morte na cruz! Amar alguém é ser capaz de sofrer por ele! E como Jesus sofreu por nós! Aceitou ser despojado de sua dignidade divina e morrer na cruz como um escravo “maldito”!
Assim é o amor de Jesus que meditaremos durante a “Semana Santa”, nossa e de Jesus.
2. Palavra de Deus.
Is 50,4-7 – Jesus encarna a figura do servo de Javé, atento e fiel no cumprimento de sua missão redentora. Sua fidelidade se comprova na aceitação do sofrimento por nossa redenção. O “Servo de Javé” encarna-se, perfeitamente, em Jesus que sofre por nossa salvação!
Fl 2,6-11 – Importa revestir-se dos mesmos sentimentos de Jesus que, sendo Filho de Deus, não teve receio da humilhação e do sofrimento até a morte na cruz! O Caminho e o exemplo de Jesus devem iluminar nossa caminhada diária num mundo que adora aparecer e se vingar!
Mc 14,1-1,47 – Chegou a “Hora de Jesus” – a hora de seu sofrimento por nós! Ele vai para o “matadouro” como cordeiro inocente, mas o Pai vai ressuscitá-lo garantindo a mesma graça para os discípulos que NELE crerem. A morte de Jesus enganou satanás! Imaginou vencer Jesus, mas foi vencido porque o Pai o ressuscitou! Deus Pai é glorificado pela fidelidade de Jesus, e seu poder se manifesta na Ressurreição de Jesus.
3. Reflexão.
· Na vida cristã ninguém pode ser assistente, apenas; devemos participar do drama de Jesus. Tomar parte em seus sofrimentos carregando, conscientemente, nossa cruz cotidiana, caminhando lada a lado de Jesus. Neste caso, a “Semana Santa” de Jesus será santa também para nós!
· O “servo de Javé” é uma figura profética de Jesus, descrita por Isaias, setecentos anos antes de Jesus aparecer. Deus não salva mais por meio de ações espetaculares, mas pelo amor fiel de seu servo e pela generosidade de seu sofrimento em favor de seus irmãos! A moeda de troca, agora, é o sofrimento suportado com amor! Como poderia esta verdade ser traduzida em nossa atividade pastoral, sejamos sacerdotes ou não?
· Jesus, o Filho de Deus vivo, morre na cruz como “escravo maldito”; mas Deus Pai dá-lhe um nome poderoso e o “constitui Senhor para a glória de Deus Pai!” É muito bom reler este texto durante a Semana Santa! É a luz que o Pai nos oferece através de seu amado Filho, Jesus. É o caminho que Ele indica para os discípulos de seu Filho Jesus.
· Nesta “Semana Santa” seríamos capazes de desligar a TV e a Internet (reduzir o celular ao mínimo necessário) e buscar tempo para refletir sobre o sentido de nossa vida! Dar-se conta que Jesus derramou seu Sangue por cada um de nós! O preço é alto, mais precioso que ouro e prata! É o Sangue do Cordeiro divino, do Cordeiro de Deus vivo!
“Deus Pai exaltou Jesus e o constituiu Senhor e Juiz!”
Texto escrito por Frei Carlos Zagonel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário