domingo, 28 de outubro de 2012

Leva-me ao deserto Contigo, Senhor!

“Leva-me ao deserto Contigo, Senhor”! Escutarei o silêncio que fala e a Palavra que ressoa.
Me sentirei preparado para a missão, para assim oferecer-me até desgastar-me Contigo e por Ti, meu Senhor. Por que vás a um deserto, Jesus? Que Te trazem a areia e as montanhas sem alimento nem nada com que Te sustentar?
O deserto fala quando o mundo cala. Faz o corpo e a fé fortes e resistentes ante tantas coisas que os debilitam. Leva-me Contigo ao deserto, Senhor, porque sem sentir necessidade de estar na aridez desta terra desértica, também aqui e agora sou tentado: pelo afã de ter, pelo desejo do poder, pela ambição de ser adorado.
Contigo no deserto, Senhor, serei fiel até o final. Prepararei-me para a dureza da cruz, sairei vitorioso frente ao mal. Romperei com aquelas tentações que me perseguem como se fossem
minha própria sombra. Dá-me, Senhor, força para triunfar sobre elas. Concede-me a valentia necessária para demonstrar-Te minha fidelidade e minha entrega.
Quero estar Contigo no deserto, Senhor, com Deus Fortaleza, com Deus Salvação, com Deus Poderoso, com Deus Santo, com Deus, Único Deus. Quero subir Contigo, Senhor, para celebrar Tua Páscoa. Amém”. Padre Javier Leoz
Somente Deus torna santos, alegres e fecundos todos os silêncios e todos os desertos.




Convido-te a fazeres comigo uma Viagem ao Deserto!


“Eis que eu a atrairei e conduzi-la-ei ao deserto e lhe falarei ao coração” (Oséias, 2,16).
Deixe Deus lhe conduzir ao Deserto e todos os dias Ele falará ao seu Coração. “Segue-me e dar-te-ei, tesouros escondidos e riquezas ocultas” (Isaías. 45,3).
Não simplesmente àquele deserto vazio de vida, inóspito, pintado com cores de solidão no nosso imaginário, povoado por pouco mais que montões de areia, vento e um céu que parece maior e mais perto do que em qualquer outro lado.
O deserto que eu te convido a conheceres é o deserto bíblico, o deserto ao qual, desde o princípio, Deus chama e acompanha aqueles que ama para neles provocar as experiências mais importantes das suas vidas…
 Convido-te a vires comigo a este deserto que não é um lugar, mas uma atitude do coração e, às vezes, uma situação da nossa vida. Porque na imagem simbólica do deserto na bíblia, Deus costuma convidar-nos a muitas novidades…
 DESERTO DA LIBERTAÇÃO
Eis o que diz o Senhor ao seu povo, Israel: Eu te escolhi e te libertei do Egito, fazendo-te caminhar quarenta anos pelo deserto. E a prova de que era EU que te conduzia, foi que as tuas vestes não se gastaram, nem se gastaram as sandálias dos teus pés; ninguém te deu pão para comer, nem vinho ou licor para beber; apenas comeste do que EU te dava, para reconheceres que EU, o Poderoso, sou o teu Deus!” (Dt 29, 4-5)
Deus chama-nos ao Deserto da Libertação, à atitude do povo de Israel a caminho do Egito à Terra Prometida. Só nos poremos verdadeiramente a caminho da liberdade quando tomarmos consciência de que há recantos em nós que são o nosso próprio Egito, o nosso lugar de opressão. Há dimensões de nós e da nossa história que ainda não nos deixam ser verdadeiramente livres, nos escravizam, torturam, mantêm-nos de cabeça baixa e tronco vergado. Deus chama-nos à coragem da Libertação, ainda que corramos o risco de atravessar o Deserto por causa disso. Todas as verdadeiras opções de libertação nos conduzem por desertos de Purificação, porque não nos libertamos se não Renascermos. E os Renascimentos implicam sempre dores de parto…
A Terra Prometida também não se encontra no mapa… a Terra Prometida por Deus na qual Ele sonha fazer-nos habitar somos também nós próprios, mas renovados à Sua imagem, segundo a Sua Palavra, Felizes! A nossa caminhada do Egito à Terra Prometida não se faz com as pernas, mas com o coração. E os passos do coração, são as opções, atitudes, escolhas, recomeços…
 DESERTO DA SEDUÇÃO
“Eis o que diz o Senhor ao Seu povo, Israel: Tu abandonaste-Me! Dás-te aos teus amantes, e esqueces-te de mim todos os dias. Por isso, EU vou conduzir-te de novo ao deserto, para lá te seduzir de novo falando-te ao coração. Então, tu hás de responder-me como na tua juventude, quando EU te libertei do Egito. Nesse dia – EU juro! – tu voltarás a chamar-me ‘meu marido’, e já não o chamarás aos ídolos teus amantes. Nesse dia, EU afastarei da tua boca os nomes deles, nunca mais os hás de querer dizer…” (Os 2, 15-19)
Deus chama-nos ao Deserto da Sedução, à atitude de descoberta do Seu Amor revelado a nós como pura Graça. Por ser Amor, Deus não Se guarda não Se ausenta não nos foge; mas também não Se impõe… Propõe-se, insinua-se… e deixa tudo o resto em nossas mãos. Acolher ou não, é opção nossa. “Eis que EU estou à porta e bato; se alguém Me ouvir e Me abrir a porta, então, EU entrarei em sua casa e cearei com ele” (Ap 3, 20). Deixar-se conduzir ao Deserto Sedutor de Deus é caminhar entre os trilhos da Sua Palavra e mergulhar de novo no Espírito Santo para nele ser renovado, já que “o Espírito Santo é o Amor de Deus derramado nos nossos corações” (Rom 5, 5). É despojar-se de todos os “ídolos” a quem tantas vezes servimos mas que não nos servem para nada, é abandonarmos de novo os tantos “amantes” dos quais Deus nos quer libertar, porque são todas aquelas realidades, dimensões e ocupações da nossa vida às quais nos entregamos sem reservas mas das quais não saímos mais enriquecidos…

DESERTO DO ENCONTRO
“Deus encontrou o seu povo no meio do deserto, perdido numa solidão apenas povoada de uivos… Então, cercou-o no Seu Amor para cuidar dele, guardou-o e amou-o como a menina dos seus olhos. E como uma águia protege a sua ninhada estendendo sobre ela as suas asas, assim o nosso Deus estendeu as suas asas sobre nós, nos tomou e carregou sobre as suas penas…” (Dt 32, 10-11)
Deus chama-nos ao Deserto do Encontro, à atitude de nos deixarmos encontrar e recriar pela Sua presença transformante. Temos que libertar-nos da lógica de um Deus “à nossa espera, à espera das nossas boas ações para nos presentear, á espera que sejamos bons para nos amar, à espera que nos tornemos meritórios para nos poder salvar”… O nosso Deus é o que vem ao nosso encontro. Jesus de Nazaré não é simplesmente o rosto visível de um “Deus Altíssimo”, mas revelação perfeita do “Deus Baixíssimo”, o Deus conosco, o Deus condescendente, o Deus-Graça… Desde o princípio que sempre na bíblia Deus é o Amor que toma a iniciativa do Encontro. Logo com Adão, depois do pecado, é Deus quem anda correndo pelo jardim à procura, chamando-o, “Adão, Adão, onde estás?” (Gn 3, 9), enquanto este se esconde. Em Jesus, este “Deus à procura por Amor” revela-se em plenitude. Ele é o “Filho do Homem que veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19, 10) e que disse de si próprio: “Eu vim para servir e não para ser servido!” (Mt 20, 28).
DESERTO DE DISCERNIMENTO
“Jesus, movido pelo Espírito Santo, retirou-se para o deserto onde foi posto à prova…” (Mt 4, 1)
Deus chama-nos ao Deserto do Discernimento, à atitude de escuta da Sua Palavra como fonte de Sentido e Critérios de vida. Quem não tem capacidade de parar para discernir, também não terá muita sabedoria para optar. E o silêncio no deserto do Discernimento, é um silêncio à escuta da Palavra, ao jeito de Jesus. Nas provações e divisões interiores do seu discernimento messiânico, Jesus firma os pés na Palavra do Pai para se manter firme. Nunca diz “Eu”, mas sempre “Está escrito…” Não significa que procure “fora” os motivos e as seguranças das suas opções, mas procura-as em Deus-Fonte de Sentido. Encaminhar-se a este deserto onde Jesus também esteve, é perceber de uma vez por todas que a Fé não está separada da vida! O acolhimento do Evangelho tem consequências reais e quotidianas na vida daqueles que o vivem de verdade. Discernir em Deus e à Sua luz, é querermos que as nossas palavras brotem cada vez mais da fonte da Palavra, os nossos gestos brotem da experiência dos “gestos” de Deus em nós, as nossas opções brotem do acolhimento das iniciativas de Deus em nós…
Ir ao deserto do Discernimento é começar a viver a partir de Deus e ao Seu jeito…
DESERTO DA CONFIANÇA
“Escuta Israel: o Senhor nosso Deus é único! Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua vida, com todas as tuas forças. E quando o Senhor teu Deus te introduzir na Terra que te prometeu, com cidades grandes e ricas que tu não edificaste, com casas transbordantes de riquezas que tu não encheste, com poços de água já cavados que tu não cavaste, com vinhas e oliveiras que tu não plantaste, quando tu comeres até te fartares, tem cuidado para não te esqueceres que foi o Senhor quem te tirou do Egito, e pelo caminho do deserto te libertou do Egito, da terra da tua escravidão.” (Dt 6, 4-12)
Deus chama-nos ao Deserto da Confiança, à atitude de esperança na Sua fidelidade. Porque Deus é Amor, Deus compromete-se naquilo que promete! Está a condenar-se ao fracasso aquele que se demite dos seus próprios riscos e das suas próprias iniciativas esperando que Deus resolva. Deus não pode fazer o que  pertence a nós! Ama-nos demais para nos abandonar; respeita-nos demais para nos substituir. Deus está conosco, mas não em nosso lugar. Mas, ás vezes, caímos no extremo oposto… a Deus o culto, as edificantes palavras, os momentos religiosos… mas a nossa vida, nós a vamos tocando! Quando corremos o risco de irmos ao Deserto do Discernimento, tornamo-nos capazes de viajar serenamente através do Deserto da Confiança, enquanto vamos ouvindo Jesus sussurrar-nos ao ouvido os seus segredos: “Olhai os lírios do campo, como crescem… não trabalham nem fiam; porém, Eu vos digo que nem o rei Salomão com todo o seu esplendor conseguiu vestir-se como um deles. Portanto, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje cresce e amanhã é lançada à fogueira, quanto mais a vós, seus desconfiados. Não vivais preocupados com o que haveis de vestir ou comer; não vivais dependentes disso. Isso são coisas que as pessoas do mundo procuram! Mas, quanto a vós, o vosso Pai sabe que elas vos fazem falta. Basta que vivais em função do Reino de Deus, e tudo o resto vos será dado como acréscimo…” (Lc 12, 27- 31)
A Confiança em Deus não nos demite de fazermos a nossa parte. Muito pelo contrário! Torna-nos incomparavelmente mais fortes e mais seguros, porque há um Amor em nós que é absoluta fidelidade e compromisso de aliança conosco…
Autor: Rui Santiago cssr

terça-feira, 23 de outubro de 2012



"Este é o Amado de minha alma, e não há outro como Ele".
Jesus, o carpinteiro Galileu.
Não foi médico e cura todas as enfermidades.
Não foi advogado e explica os princípios básicos de toda lei.
Não foi escritor e inspira as maiores obras de toda a literatura mundial.
Não foi poeta nem músico e é a alma de todos os poemas e de toda música da vida.
Não foi um orador e é o intérprete de todos os corações.
Não foi literato e escreveu no livro dos séculos a mais bela página.
Não foi artista e enche de luz os gênios de todos os tempos.
Não foi estadista e fundou as mais sólidas instituições da sociedade.
Não foi General e conquistou milhões de almas e países inteiros.
Não foi inventor e inventou o elixir de perene felicidade.
Não foi descobridor e descobriu a vida eterna.
JESUS - o Carpinteiro Galileu...
Diáfano como um cristal e misterioso como a noite.
Sublime como as excelsitudes de Deus e amigos das misérias humanas.
Severo como um juiz e carinhoso como uma mãe.
"Este é o Amado de minha alma, e não há outro como Ele".
 
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DNJ PONTA GROSSA e FEIRA VOCACIONAL 21/10/2012





















ENCONTRO DO GRUPO DE NOVINTER 2012





TU ESTÁS CONOSCO


Tu és um Deus enlouquecido de Amor por nós, teus filhos e filhas, e por isso sofres com os que sofrem. Nossos sofrimentos são os Teus sofrimentos! Tua Paixão por nós faz da Tua vida um dom total.
És nosso Eterno e mais precioso presente. Estás sempre perto, disponível... Tu és plena solicitude... Debruça-Te sobre nós, e qual Pastor, nos segura em teu regaço, amparando nossa fraqueza, sustentando nossa miséria... E justamente porque somos fracos, Tu nos colocas perto de Teu Coração.
Em Teu colo e ombro podemos chorar e dormir sempre. Teus ouvidos estão sempre atentos – às vezes os únicos – aos nossos clamores e lamentos.
Tu acolhes as nossas palavras, mesmo quando nós mesmos não as entendemos, e escutas nossos gemidos, mesmo quando estes não têm som algum, acalmando com Tua Paz nossos medos e dores.
Tu nos entendes em nossa solidão, pois disseste um dia: “Pai, por que me abandonastes?”. Ai estava o grito de todos os abandonados, os rejeitados, os não amados... Tu nos endentes, Jesus, não somente por Misericórdia, mas por experiência! Provastes nossa amargura, transformando-a em doçura pelo Teu Amor.
Em Teus passos, nossos pés cansados, enfraquecidos e feridos podem andar; em Tuas mãos as nossas mãos abrem-se e estendem-se aos outros que precisam de nós.

Em Tua Cruz, torna-Te companheiro-irmão dos que sofrem, dos que também são crucificados, daqueles que estão nos “Calvários” do mundo... E lá estás com eles.  Sim, Tu desces até os abismos da humanidade e coloca-Te como Emanuel, o Deus que está conosco.
És de fato um Deus apaixonado por nós. E o que faz alguém apaixonado a não ser desejar ficar perto de quem se ama? Tu não só desejas... Estás, de fato, bem pertinho de nós. Mesmo (sobretudo) na Cruz, está apaixonadamente presente!O presépio e a Cruz foram feitos da mesma árvore: Jesus nasce para se dar a nós no madeiro. Por Tua Paixão nos libertas das nossas paixões, e nos dás aquilo que só alguém que realmente ama pode oferecer: a liberdade!


Quando leio e medito o evangelho de Lucas:

Quando leio e medito o evangelho de Lucas:
O Espírito do Alto me diz que preciso de conversão à Palavra e à    Missão, conversão bem maior que meus pobres discursos  e minhas mínimas e quase sempre omissas ações solidárias,  as vezes tão rasas e anêmicas, que sequer muda algo em mim mesmo.

Quando leio e medito o evangelho de Lucas:

O Espírito me faz envergonhadamente perceber, que nem sempre tenho em mãos o óleo da unção, mas a mão cheia de areia ou mesmo de pedras,pronta afoitamente a lançar, a partir de meu “teimoso” tribunal interior, que tão fácil faz a acusação ou a rejeição, e tão raro tem a compaixão e a alegria do lucano capítulo 15.

Quando leio e medito o evangelho de Lucas:
Fico  envergonhado frente às mulheres seguidoras, à coragem profética e poética de Maria no seu cântico “sem açúcar”  e ajeitamentos, à humildade de Zaqueu, ao desapego absoluto por amor da mulher pecadora  que abre o melhor perfume  e unge os pés do Rabi Galileu, à alegria dos 72 amigos  quando retornam animados da Missão, e à escuta e obediência de Pedro para ir às águas mais profundas.

Quando leio e medito o evangelho de Lucas:
Envergonho-me de minhas esterilidades frente às fecundações de Maria, de Isabel, de Madalena, frente as ressurreições contínuas de vidas renovadas, e me ponho e ver minhas contínuas esterilidades que se faz no intelecto, no espírito, na missão, e num agir sem paixão e desejos do AMOR MAIOR!

Quando leio e medito o evangelho de Lucas:
O Espírito do Alto me diz que preciso de conversão à Palavra e à Missão! Amém!