domingo, 23 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E ABENÇOADO ANO NOVO



“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que N’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3,16)
Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas.
É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.
É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.
É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.
Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração.
Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.
Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz.
Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes.
Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último.
Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo.
Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!

1ª Profissão Religiosa e Renovação de Votos


No dia 09/12/2012  após dois anos de noviciado a noviça Denilce Silva de Freitas fez sua Primeira profissão Religiosa na Igreja Santo Antonio e também renovaram seus votos as Irmãs Mª Jocelia Prazmoski e Dalvana Johanson. Desejamos a elas muita perseverança na vivencia do carisma das Irmãs Servas de N.Sra da Anunciação e que possam continuamente responder sim a Deus e a Igreja.
















CELEBRAÇÃO DE ENTRADA PARA O NOVICIADO

No dia 08/12/2012 com o coração cheio de alegria as postulantes Elaine, Flávia e Regiane ingressaram no Nociciado para uma etapa de dois anos de formação à Vida Religiosa.
Ser noviça é ser filha e aluna na escola de Maria, nessa escola de Nazaré, Maria formou o coração Daquele que o Pai lhe confiara na encarnação. Era Mestra, mas ao mesmo tempo aprendia com seu Filho e mestre. Aprendeu a guardar "tudo em seu coração." Maria na Anunciação interroga, tira dúvida, mas no final se coloca totalmente nas mãos do Pai, "Eis aqui a Serva do Senhor."










sexta-feira, 30 de novembro de 2012

REZEMOS PELAS VOCAÇÕES



TERÇO VOCACIONAL


1º Mistério: O chamamento e envio dos discípulos – Mc 3,13-14:
 “Jesus subiu depois a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para enviá-los a pregar, com o poder de expulsar demônios.”.
- A iniciativa da vocação vem de Deus. É Ele quem convoca à missão enquanto disposição de «saber estar» com Jesus e partir a anunciar a Boa Nova do Reino. Da parte de cada um, urge uma resposta generosa. Por isso, te pedimos, ó Rainha dos Apóstolos, que ajudes todos os jovens a encontrar o seu caminho e a dizer “sim” a Deus.
2º Mistério: A vocação de Levi – Mc 2, 13-14:
“Jesus saiu de novo para a beira-mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e Ele ensinava-os. Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: “Segue-me.” E, levantando-se, ele seguiu Jesus.”
- A prontidão da resposta de Levi manifesta como foi grande o impacto causado pela passagem de Jesus. Hoje necessitamos de gente que se deixe impressionar e esteja disponível ao dom de Deus, disposta a arriscar tudo pelo Evangelho. Por isso, te rogamos, ó Mãe de Jesus, que animeis os jovens a escolherem o desafio da consagração religiosa e missionária.
3º Mistério: O chamamento do jovem rico – MT 19, 16.21:
 “Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: “Mestre, que hei de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?”Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.” Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens.”.
- O desafio da entrega total é exigente. Tudo começa pelo desprendimento dos bens e de si mesmo para ser todo para Jesus. Por isso, te intercedemos, ó Virgem de Nazaré, que faças dos jovens de hoje pessoas corajosas e destemidas para procurar a verdade que os liberta e os torna felizes.
4º Mistério: A conversão de Paulo – At. 9, 3-6:
Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” Ele perguntou: “Quem és Tu, Senhor?” Respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer.!
- Fazer uma opção de vida implica deixar-se iluminar e deixar cair as seguranças pessoais que nos agarram a nós mesmos e aos nossos costumes, para seguir por um novo caminho de vida e fé. Por isso, te pedimos, ó Rainha das Missões, que inculques no coração de cada jovem aquela sensibilidade para as coisas de teu filho Jesus Cristo, para que cada um eleve a sua vida a Deus com um “sim” quotidiano.
5º Mistério: O SIM de Maria – Lc 1, 26-28.30-31.38:
Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo”. Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Maria disse, então: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.
- O exemplo confiante de uns fortalece a decisão vocacional de outros. É assim com Maria e com muitos consagrados e missionários ao longo da história. Hoje continuamos a precisar destes exemplos vivos e contagiantes. Por isso, te rogamos, ó Mestra de Vida, que ensineis os jovens a pronunciar o “SIM” que dá significado à existência e faz descobrir o “NOME” escondido de Deus no coração de cada pessoa.
 

Rezando com os discípulos de emaús


 “Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado."

Reflexão:
Discursos internos habitam em nós. Passamos e repassamos vivências: dores, alegrias, rostos, pessoas. Momentos significativos numa memória agradecida ou dolorida. Alguns trazem esperança, outros a minam. À medida que caminhamos, o que mais frequentemente falamos? E o que falamos entre nós?

"Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram."
Reflexão:
Ele se faz presente entre nós. Caminha conosco. Mesmo acostumados com sua presença, nossos olhos estão por vezes fechados. O que venda nossos olhos?
"Perguntou-lhes, então: De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?"
Reflexão:
O que entristece o seu coração? Reconheço que trago alguma tristeza em mim?
"Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias? Perguntou-lhes ele: Que foi? Disseram: A respeito de Jesus de Nazaré... Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo. Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam. É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol; e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram."
Reflexão:
Num mundo onde a palavra está carregada de desconfiança e não tem a marca da verdade, custa-nos, como outrora aos discípulos, crer na palavra do outro. E nem sempre a palavra é a expressão dos nossos sentimentos mais profundos. E a comunicação torna-se truncada, senão impedida de ser realizada, pois não tem a confiança de ser recebida pelo outro desde o coração. O que não se torna palavra acaba por manifestar-se como sintoma. Jesus os conduz a falar da causa de sua tristeza. Você costuma falar sobre o que entristece o seu coração? Faz isso em oração? Confronta suas dores com alguém com quem tem liberdade de abrir-se, sem medo de ser julgado? "Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas! Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória? E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras. Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante. Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles."
Reflexão:
Para você o que é esse "declinar do dia"? Eles não sabiam que era Jesus quem caminhava ao lado deles. Por vezes, pessoas também caminham conosco, mas quando chega a hora de entrar em “nossa casa”, nós às deixamos passar adiante ou lhes fechamos a porta. Repita, desde o seu coração, ao coração do Mestre, a palavra dita pelos discípulos de Emaús.
"Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho."
Reflexão:
Diariamente ele está partindo para nós o pão e partilhando de seu cálice. Hoje à mesa, partilhamos também do cálice de nossa convivência em comunidade. Tome a decisão de partilhar um pouco do que você tem com alguém. Pode até ser algo material, mas que seja feito com o coração; dê um pouco de você junto com aquilo que você for partilhar. Partilhe uma vivência, uma alegria. Faça-o com simplicidade, mas faça-o, como fruto desta meditação.
"Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... mas ele desapareceu.
Reflexão:
Quando nossos olhos se abrem tudo se faz claro. As coisas tornam-se transparentes e luminosas. Tudo adquire sentido. E os olhos não se abrem uma só vez na vida. Você se lembra de algum momento em que sentiu que seus olhos também se abriram? (medite sobre isso e, se possível, até escreva. Isso ajuda a fazer memória do caminho percorrido)
“ Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras? "
Reflexão:
Há certamente trechos das Escrituras que nos aqueceram o coração em algum momento de nossa jornada ou que se prolongam ao longo do caminho. Qual deles você ainda traz à memória, anote-o.“ Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam. Todos diziam: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão. “Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.”
Reflexão:
Alegre-mo-nos pelo dom da Eucaristia e Prepare-mo-nos para ela.

FAZENDO PENSAR!!!!



Os profetas e as profetisas são pessoas antipáticas

José Lisboa Moreira de Oliveira*

As ciências da religião nos mostram que nas culturas de todos os tempos sempre existiram os chamados grupos liminares. Estes grupos são formados por uma minoria de pessoas que, em alguns casos e ocasiões, chega até a ser reduzida a um indivíduo solitário (1Rs 19,10). Os grupos liminares se colocam no limiar, ou seja, na fronteira entre o real e o ideal. Costumam provocar as culturas, os grupos humanos, as sociedades e as comunidades. Eles, normalmente, chamam a atenção para a necessidade de fidelidade a valores que são pilares das sociedades. Por isso denunciam com veemência os desmandos, a corrupção e o afastamento das comunidades dos seus valores fundamentais. De um modo geral acusam as autoridades e lideranças, inclusive religiosas, responsabilizando-as pelo caos existente.
No judaísmo, no cristianismo e no islamismo esta função foi e ainda é exercida de modo particular pelos profetas e pelas profetisas. São eles e elas que se colocam nas fronteiras e esbravejam contra todas as formas de corrupção dos sistemas políticos e religiosos. Enfrentam as autoridades e apontam seus erros e suas mazelas. Por essa razão os profetas e as profetisas são pessoas antipáticas. Ninguém gosta delas, especialmente aqueles e aquelas que estão no poder. De um modo geral os profetas e as profetisas são perseguidos, caluniados, maltratados, banidos e até mesmo assassinados. São vistos como pessimistas e vaticinadores de desgraças, gente que só enxerga o que não está dando certo, incapazes de ver “as coisas boas”.
No judaísmo o representante clássico deste modelo de profeta é Miquéias, detestado pelo rei de Israel porque nunca profetizava coisas boas, mas somente desgraças (1Rs 22,1-40). Porque era sincero e mostrava a realidade nua e crua, o profeta foi insultado, maltratado e preso. Mas, além dele, se poderia dizer o mesmo de praticamente todos os outros profetas. Será suficiente citar alguns exemplos. Elias, que denuncia o conluio entre falsa religião e poder corrupto; que satiriza e ridiculariza os cantos e as danças religiosas histéricas (1Rs 18 – 19).  Isaías, chamado a profetizar dentro do templo, a provocar cegueira, surdez e o embotamento do coração até que as cidades sejam destruídas e os campos devastados (Is 6,8-12). Jeremias, convocado por Javé a postar-se na entrada do templo para denunciar a falsidade da religiosidade do povo (Jr 7,1-28). Amós, que denuncia, rugindo como um leão, a exploração dos pobres pelos ricos, a justiça corrupta, o lucro fruto do roubo e a conivência do sistema religioso com tudo isso. Todos eles sofreram calúnias, perseguição e represálias.
Se nos voltamos para o cristianismo, vemos que ele nasce do sangue derramado do profeta Jesus que se recusou terminantemente a compactuar com a corrupção e os desmandos do poder religioso e civil. Foi preso, torturado e assassinado. Em vinte séculos de história cristã a lista dos mártires, das profetisas e dos profetas assassinados é longa e abarca praticamente todos os períodos. De uma forma geral os profetas e as profetisas do cristianismo sofreram perseguição e até o martírio por parte daqueles e daquelas que pertenciam à própria Igreja.
Em nossa época os profetas e as profetizas escasseiam. São raridades e verdadeiras pérolas preciosas que, de vez em quando, surgem em algum canto da terra. Mas, logo que surgem, são vistos com antipatia, perseguidos, maltratados e até assassinados. A nossa época, a nossa sociedade, as atuais Igrejas, continuam não suportando vozes proféticas. Quando não são caladas para sempre, elas são abafadas. Aqui na América Latina e Caribe alguns desses profetas e profetisas, ainda vivos e resistentes, são ridicularizados e discriminados. Alguns recebem títulos “honoríficos” como “chorólogos” ou “viúvos e viúvas da Teologia da Libertação”. Grandes profetas, conhecidos internacionalmente, como, por exemplo, Irmã Dorothy, Padre Josimo, Dom Oscar Romero, Dom Hélder Câmara, o Cardeal Martini, José Comblin, Leonardo Boff, Gustavo Gutiérrez, José Antonio Pagola, André Torres Queiruga, são colocados no ostracismo pela oficialidade, desqualificados e até mesmo punidos por sua ousadia e coragem profética. Lembro que José Comblin foi tido, no final de sua vida, como o “gagá da libertação”. Escutei alguém dizendo que o Cardeal Martini, no final da vida, tinha se tornando um “demente” por causa do mal de Parkinson. Por isso passou a falar “bobagens”, como, por exemplo, a afirmação de que a Igreja Católica estaria atrasada em pelo menos 200 anos.
Nenhuma novidade.  O autêntico profeta não pode ser tratado de outra forma. Do contrário, seria um falso profeta: “Aí de vocês, se todos os elogiam, porque era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas” (Lc 6,26). Neste sentido, os profetas e profetisas de hoje, como aqueles e aquelas de ontem, se sentem bem à vontade quando são rotulados e discriminados pelos que compõem o sistema religioso e político injusto e corrupto. Não que gostem de sofrer. Não são e nem querem ser masoquistas. Porém, no momento em que, motivados pela fé e pela mística, decidem profetizar têm consciência de que o ódio, a calúnia e a perseguição serão companheiros inseparáveis de sua missão profética.
A Bíblia oferece critérios bem precisos para se distinguir o verdadeiro do falso profeta. O falso profeta está sempre a favor do sistema religioso e político. Ele é um árduo defensor dos dogmas, das autoridades religiosas e civis. É bajulador, subserviente, hipócrita, legalista e jamais se afasta dos cânones oficiais. Prediz sempre o sucesso e só fala de coisas boas. Porém, o verdadeiro profeta é autêntico, livre, independente, chama para a realidade e só se curva diante do projeto de Deus. Não tem medo de ser caluniado, perseguido, preso e ridicularizado (1Rs 22,13). O autêntico profeta não se incomoda de ser expulso da religião oficial e de ser tratado como herético e heterodoxo (Am 7,10-17). Ele sabe que tudo isso faz parte do seu ministério profético.
No momento atual os falsos profetas circulam livremente pela grande mídia, inclusive a mídia católica. As câmaras de TV, as páginas das grandes revistas, as colunas dos jornais e as editoras lhes dão sempre espaço. Quando morrem são incensados, exaltados e elevados à condição de heróis do povo. A grande mídia, ligada a grandes grupos econômicos e corruptos, não para de lhes fazer elogios. Tudo como sempre foi. Quanto ao verdadeiro profeta, ele não tem vez. É execrado ou completamente ignorado. Mas sabe-se que sua mensagem não será inútil, pois, mesmo morrendo, como a semente lançada na terra, produzirá frutos que revolucionarão o mundo (Jo 12,24-25). Por isso a vida e a voz dos profetas e das profetisas continuam a alimentar a esperança da humanidade.

[* Filósofo, teólogo, escritor, conferencista e professor universitário. Autor do livro Qual o significado da vocação e da missão, por Paulus Editora]

O PRÓXIMO NATAL!!!!




Para o próximo natal preciso trocar os sapatos.
Afinal, os que me foram presenteados no último natal já estão fora da moda.

Foram-me presenteados na noite de natal com tédio e falta de alegria.
Sapatos para o natal precisam ser novos e elegantes.

As vitrines dopadamente enfeitadas, dizem-nos:
Venham, corram, depressa, cheguem mais cedo, comprem, comprem e comprem.

Pena que as vitrines não digam também que se precisa nutrir o espírito, alimentar o coração, blindar a alma do materialismo sem vida e paixão.

No próximo natal, dizem-nos as vitrines, temos os mais reluzentes e fantásticos presentes.

Corram e venham... gritam todas as vitrines com luzes, letreiros e músicas tediosas;

Inda bem que os cristãos conheceram outra corrida.
Essa sim leva-nos ao SOL que ilumina sem parar!

Quem o possui não precisa dos natais comerciais.

Vamos ler e meditar Lucas 2,16


domingo, 28 de outubro de 2012

Leva-me ao deserto Contigo, Senhor!

“Leva-me ao deserto Contigo, Senhor”! Escutarei o silêncio que fala e a Palavra que ressoa.
Me sentirei preparado para a missão, para assim oferecer-me até desgastar-me Contigo e por Ti, meu Senhor. Por que vás a um deserto, Jesus? Que Te trazem a areia e as montanhas sem alimento nem nada com que Te sustentar?
O deserto fala quando o mundo cala. Faz o corpo e a fé fortes e resistentes ante tantas coisas que os debilitam. Leva-me Contigo ao deserto, Senhor, porque sem sentir necessidade de estar na aridez desta terra desértica, também aqui e agora sou tentado: pelo afã de ter, pelo desejo do poder, pela ambição de ser adorado.
Contigo no deserto, Senhor, serei fiel até o final. Prepararei-me para a dureza da cruz, sairei vitorioso frente ao mal. Romperei com aquelas tentações que me perseguem como se fossem
minha própria sombra. Dá-me, Senhor, força para triunfar sobre elas. Concede-me a valentia necessária para demonstrar-Te minha fidelidade e minha entrega.
Quero estar Contigo no deserto, Senhor, com Deus Fortaleza, com Deus Salvação, com Deus Poderoso, com Deus Santo, com Deus, Único Deus. Quero subir Contigo, Senhor, para celebrar Tua Páscoa. Amém”. Padre Javier Leoz
Somente Deus torna santos, alegres e fecundos todos os silêncios e todos os desertos.




Convido-te a fazeres comigo uma Viagem ao Deserto!


“Eis que eu a atrairei e conduzi-la-ei ao deserto e lhe falarei ao coração” (Oséias, 2,16).
Deixe Deus lhe conduzir ao Deserto e todos os dias Ele falará ao seu Coração. “Segue-me e dar-te-ei, tesouros escondidos e riquezas ocultas” (Isaías. 45,3).
Não simplesmente àquele deserto vazio de vida, inóspito, pintado com cores de solidão no nosso imaginário, povoado por pouco mais que montões de areia, vento e um céu que parece maior e mais perto do que em qualquer outro lado.
O deserto que eu te convido a conheceres é o deserto bíblico, o deserto ao qual, desde o princípio, Deus chama e acompanha aqueles que ama para neles provocar as experiências mais importantes das suas vidas…
 Convido-te a vires comigo a este deserto que não é um lugar, mas uma atitude do coração e, às vezes, uma situação da nossa vida. Porque na imagem simbólica do deserto na bíblia, Deus costuma convidar-nos a muitas novidades…
 DESERTO DA LIBERTAÇÃO
Eis o que diz o Senhor ao seu povo, Israel: Eu te escolhi e te libertei do Egito, fazendo-te caminhar quarenta anos pelo deserto. E a prova de que era EU que te conduzia, foi que as tuas vestes não se gastaram, nem se gastaram as sandálias dos teus pés; ninguém te deu pão para comer, nem vinho ou licor para beber; apenas comeste do que EU te dava, para reconheceres que EU, o Poderoso, sou o teu Deus!” (Dt 29, 4-5)
Deus chama-nos ao Deserto da Libertação, à atitude do povo de Israel a caminho do Egito à Terra Prometida. Só nos poremos verdadeiramente a caminho da liberdade quando tomarmos consciência de que há recantos em nós que são o nosso próprio Egito, o nosso lugar de opressão. Há dimensões de nós e da nossa história que ainda não nos deixam ser verdadeiramente livres, nos escravizam, torturam, mantêm-nos de cabeça baixa e tronco vergado. Deus chama-nos à coragem da Libertação, ainda que corramos o risco de atravessar o Deserto por causa disso. Todas as verdadeiras opções de libertação nos conduzem por desertos de Purificação, porque não nos libertamos se não Renascermos. E os Renascimentos implicam sempre dores de parto…
A Terra Prometida também não se encontra no mapa… a Terra Prometida por Deus na qual Ele sonha fazer-nos habitar somos também nós próprios, mas renovados à Sua imagem, segundo a Sua Palavra, Felizes! A nossa caminhada do Egito à Terra Prometida não se faz com as pernas, mas com o coração. E os passos do coração, são as opções, atitudes, escolhas, recomeços…
 DESERTO DA SEDUÇÃO
“Eis o que diz o Senhor ao Seu povo, Israel: Tu abandonaste-Me! Dás-te aos teus amantes, e esqueces-te de mim todos os dias. Por isso, EU vou conduzir-te de novo ao deserto, para lá te seduzir de novo falando-te ao coração. Então, tu hás de responder-me como na tua juventude, quando EU te libertei do Egito. Nesse dia – EU juro! – tu voltarás a chamar-me ‘meu marido’, e já não o chamarás aos ídolos teus amantes. Nesse dia, EU afastarei da tua boca os nomes deles, nunca mais os hás de querer dizer…” (Os 2, 15-19)
Deus chama-nos ao Deserto da Sedução, à atitude de descoberta do Seu Amor revelado a nós como pura Graça. Por ser Amor, Deus não Se guarda não Se ausenta não nos foge; mas também não Se impõe… Propõe-se, insinua-se… e deixa tudo o resto em nossas mãos. Acolher ou não, é opção nossa. “Eis que EU estou à porta e bato; se alguém Me ouvir e Me abrir a porta, então, EU entrarei em sua casa e cearei com ele” (Ap 3, 20). Deixar-se conduzir ao Deserto Sedutor de Deus é caminhar entre os trilhos da Sua Palavra e mergulhar de novo no Espírito Santo para nele ser renovado, já que “o Espírito Santo é o Amor de Deus derramado nos nossos corações” (Rom 5, 5). É despojar-se de todos os “ídolos” a quem tantas vezes servimos mas que não nos servem para nada, é abandonarmos de novo os tantos “amantes” dos quais Deus nos quer libertar, porque são todas aquelas realidades, dimensões e ocupações da nossa vida às quais nos entregamos sem reservas mas das quais não saímos mais enriquecidos…

DESERTO DO ENCONTRO
“Deus encontrou o seu povo no meio do deserto, perdido numa solidão apenas povoada de uivos… Então, cercou-o no Seu Amor para cuidar dele, guardou-o e amou-o como a menina dos seus olhos. E como uma águia protege a sua ninhada estendendo sobre ela as suas asas, assim o nosso Deus estendeu as suas asas sobre nós, nos tomou e carregou sobre as suas penas…” (Dt 32, 10-11)
Deus chama-nos ao Deserto do Encontro, à atitude de nos deixarmos encontrar e recriar pela Sua presença transformante. Temos que libertar-nos da lógica de um Deus “à nossa espera, à espera das nossas boas ações para nos presentear, á espera que sejamos bons para nos amar, à espera que nos tornemos meritórios para nos poder salvar”… O nosso Deus é o que vem ao nosso encontro. Jesus de Nazaré não é simplesmente o rosto visível de um “Deus Altíssimo”, mas revelação perfeita do “Deus Baixíssimo”, o Deus conosco, o Deus condescendente, o Deus-Graça… Desde o princípio que sempre na bíblia Deus é o Amor que toma a iniciativa do Encontro. Logo com Adão, depois do pecado, é Deus quem anda correndo pelo jardim à procura, chamando-o, “Adão, Adão, onde estás?” (Gn 3, 9), enquanto este se esconde. Em Jesus, este “Deus à procura por Amor” revela-se em plenitude. Ele é o “Filho do Homem que veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19, 10) e que disse de si próprio: “Eu vim para servir e não para ser servido!” (Mt 20, 28).
DESERTO DE DISCERNIMENTO
“Jesus, movido pelo Espírito Santo, retirou-se para o deserto onde foi posto à prova…” (Mt 4, 1)
Deus chama-nos ao Deserto do Discernimento, à atitude de escuta da Sua Palavra como fonte de Sentido e Critérios de vida. Quem não tem capacidade de parar para discernir, também não terá muita sabedoria para optar. E o silêncio no deserto do Discernimento, é um silêncio à escuta da Palavra, ao jeito de Jesus. Nas provações e divisões interiores do seu discernimento messiânico, Jesus firma os pés na Palavra do Pai para se manter firme. Nunca diz “Eu”, mas sempre “Está escrito…” Não significa que procure “fora” os motivos e as seguranças das suas opções, mas procura-as em Deus-Fonte de Sentido. Encaminhar-se a este deserto onde Jesus também esteve, é perceber de uma vez por todas que a Fé não está separada da vida! O acolhimento do Evangelho tem consequências reais e quotidianas na vida daqueles que o vivem de verdade. Discernir em Deus e à Sua luz, é querermos que as nossas palavras brotem cada vez mais da fonte da Palavra, os nossos gestos brotem da experiência dos “gestos” de Deus em nós, as nossas opções brotem do acolhimento das iniciativas de Deus em nós…
Ir ao deserto do Discernimento é começar a viver a partir de Deus e ao Seu jeito…
DESERTO DA CONFIANÇA
“Escuta Israel: o Senhor nosso Deus é único! Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua vida, com todas as tuas forças. E quando o Senhor teu Deus te introduzir na Terra que te prometeu, com cidades grandes e ricas que tu não edificaste, com casas transbordantes de riquezas que tu não encheste, com poços de água já cavados que tu não cavaste, com vinhas e oliveiras que tu não plantaste, quando tu comeres até te fartares, tem cuidado para não te esqueceres que foi o Senhor quem te tirou do Egito, e pelo caminho do deserto te libertou do Egito, da terra da tua escravidão.” (Dt 6, 4-12)
Deus chama-nos ao Deserto da Confiança, à atitude de esperança na Sua fidelidade. Porque Deus é Amor, Deus compromete-se naquilo que promete! Está a condenar-se ao fracasso aquele que se demite dos seus próprios riscos e das suas próprias iniciativas esperando que Deus resolva. Deus não pode fazer o que  pertence a nós! Ama-nos demais para nos abandonar; respeita-nos demais para nos substituir. Deus está conosco, mas não em nosso lugar. Mas, ás vezes, caímos no extremo oposto… a Deus o culto, as edificantes palavras, os momentos religiosos… mas a nossa vida, nós a vamos tocando! Quando corremos o risco de irmos ao Deserto do Discernimento, tornamo-nos capazes de viajar serenamente através do Deserto da Confiança, enquanto vamos ouvindo Jesus sussurrar-nos ao ouvido os seus segredos: “Olhai os lírios do campo, como crescem… não trabalham nem fiam; porém, Eu vos digo que nem o rei Salomão com todo o seu esplendor conseguiu vestir-se como um deles. Portanto, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje cresce e amanhã é lançada à fogueira, quanto mais a vós, seus desconfiados. Não vivais preocupados com o que haveis de vestir ou comer; não vivais dependentes disso. Isso são coisas que as pessoas do mundo procuram! Mas, quanto a vós, o vosso Pai sabe que elas vos fazem falta. Basta que vivais em função do Reino de Deus, e tudo o resto vos será dado como acréscimo…” (Lc 12, 27- 31)
A Confiança em Deus não nos demite de fazermos a nossa parte. Muito pelo contrário! Torna-nos incomparavelmente mais fortes e mais seguros, porque há um Amor em nós que é absoluta fidelidade e compromisso de aliança conosco…
Autor: Rui Santiago cssr

terça-feira, 23 de outubro de 2012



"Este é o Amado de minha alma, e não há outro como Ele".
Jesus, o carpinteiro Galileu.
Não foi médico e cura todas as enfermidades.
Não foi advogado e explica os princípios básicos de toda lei.
Não foi escritor e inspira as maiores obras de toda a literatura mundial.
Não foi poeta nem músico e é a alma de todos os poemas e de toda música da vida.
Não foi um orador e é o intérprete de todos os corações.
Não foi literato e escreveu no livro dos séculos a mais bela página.
Não foi artista e enche de luz os gênios de todos os tempos.
Não foi estadista e fundou as mais sólidas instituições da sociedade.
Não foi General e conquistou milhões de almas e países inteiros.
Não foi inventor e inventou o elixir de perene felicidade.
Não foi descobridor e descobriu a vida eterna.
JESUS - o Carpinteiro Galileu...
Diáfano como um cristal e misterioso como a noite.
Sublime como as excelsitudes de Deus e amigos das misérias humanas.
Severo como um juiz e carinhoso como uma mãe.
"Este é o Amado de minha alma, e não há outro como Ele".